Israel inicia nova fase de ofensiva no sul do Líbano com apoio dos EUA; Hezbollah ataca tropas israelenses

Israel inicia nova fase de ofensiva no sul do Líbano com apoio dos EUA; Hezbollah ataca tropas israelenses

Israeli soldiers are deployed in the Upper Galilee region of northern Israel near the border with Lebanon on September 29, 2024. Israel said on September 29, it killed another senior Hezbollah official in an air strike after dealing the Iran-backed group a seismic blow by assassinating its leader, Hassan Nasrallah. (Photo by Menahem Kahana / AFP) (Photo by MENAHEM KAHANA/AFP via Getty Images)

Israel deu início a uma nova fase de sua ofensiva no Oriente Médio, na noite de segunda-feira, com uma operação terrestre “delimitada” e “direcionada” no sul do Líbano contra alvos do grupo armado Hezbollah. A escalada de tensões entre Israel e o Hezbollah continua a agravar-se, com ataques diários registrados na região fronteiriça, alimentando um conflito que vem ganhando dimensões internacionais.

Segundo fontes do governo israelense, a nova fase das operações inclui ataques terrestres direcionados a posições estratégicas do Hezbollah no sul do Líbano. Essas operações visam enfraquecer a infraestrutura militar do grupo e diminuir a ameaça representada pelos constantes ataques transfronteiriços.

O governo dos Estados Unidos, aliado histórico de Israel, expressou publicamente seu apoio à ofensiva. Autoridades norte-americanas afirmaram que a operação visa neutralizar ameaças terroristas que colocam em risco a segurança de Israel e da região. A Casa Branca emitiu um comunicado reforçando seu compromisso com o direito de autodefesa de Israel e condenando os ataques realizados pelo Hezbollah.

No entanto, a operação de Israel no Líbano tem gerado controvérsias. Grupos de direitos humanos e lideranças internacionais alertaram para os riscos de uma escalada que poderia envolver civis inocentes e ampliar ainda mais o conflito na região.

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Na manhã de terça-feira, o Hezbollah anunciou que realizou um novo ataque contra tropas israelenses posicionadas na cidade fronteiriça de Metula, no norte de Israel. Em um comunicado divulgado à imprensa, o grupo afirmou ter disparado uma série de foguetes e projéteis de artilharia contra o território israelense, em retaliação aos recentes ataques realizados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).

O Hezbollah afirmou que o ataque foi cuidadosamente planejado e executado como parte de sua estratégia de resistência contra a ocupação israelense e contra o que descreve como “agressão sionista” no Líbano.

As Forças de Defesa de Israel confirmaram que os sistemas de defesa antimísseis do país foram ativados em várias partes da região fronteiriça. De acordo com os militares israelenses, foram detectados cerca de cinco lançamentos de foguetes na manhã de terça-feira, dos quais alguns foram interceptados pelas defesas de mísseis, enquanto outros explodiram em áreas abertas sem causar danos significativos.

A IDF informou ainda que, como medida de precaução, as áreas ao redor de Metula, Misgav Am e Kfar Giladi, localizadas no norte de Israel, foram declaradas “zonas militares fechadas” na segunda-feira, após intensos confrontos na região. Com essa medida, as autoridades israelenses esperam proteger os civis e evitar o acesso a áreas de risco enquanto o confronto continua.

Essas áreas foram alvo de sucessivos ataques do Hezbollah, tornando-as extremamente vulneráveis a novos lançamentos de foguetes e incursões militares. Civis que vivem nessas regiões foram orientados a permanecer em abrigos seguros, e as atividades econômicas e sociais nessas áreas foram drasticamente reduzidas.

O recente confronto entre Israel e Hezbollah surge em um momento de crescentes tensões na região do Oriente Médio, com diferentes atores internacionais observando de perto a situação. O Hezbollah, apoiado pelo Irã, tem intensificado sua retórica contra Israel, prometendo resistência contínua e mais ataques enquanto as operações militares de Israel avançam no sul do Líbano.

Organizações internacionais, incluindo a ONU, têm expressado preocupação com a escalada do conflito e alertado sobre as consequências humanitárias que podem surgir de uma guerra prolongada. O Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência para discutir a situação na fronteira entre Israel e o Líbano, e apelou por moderação de ambas as partes.

No entanto, até o momento, não há indícios de uma diminuição nas hostilidades. A operação terrestre de Israel no Líbano foi descrita como “limitada” pelos militares israelenses, mas analistas apontam que a situação pode rapidamente fugir ao controle, especialmente com o envolvimento de potências regionais como o Irã e aliados internacionais como os Estados Unidos.

Com o aumento das tensões, as áreas mais afetadas no norte de Israel têm sido evacuadas para garantir a segurança dos civis. Relatos indicam que várias famílias foram retiradas das suas casas nas zonas fronteiriças, sendo deslocadas para áreas mais seguras no centro e sul do país.

As autoridades israelenses estão também a reforçar a presença militar nas regiões próximas à fronteira com o Líbano, com tanques e tropas adicionais sendo mobilizados. A preocupação com possíveis incursões terrestres do Hezbollah tem levado a um estado de alerta constante nas cidades e vilarejos próximos ao Líbano.

A situação entre Israel e Hezbollah continua a evoluir rapidamente, com ataques e contra-ataques sendo reportados diariamente. Com o apoio dos Estados Unidos, Israel prossegue com suas operações no sul do Líbano, enquanto o Hezbollah mantém sua campanha de resistência e ataques contra as tropas israelenses.

A comunidade internacional aguarda ansiosamente por possíveis desdobramentos, com a esperança de que medidas diplomáticas possam ser tomadas antes que o conflito escale ainda mais, colocando em risco a estabilidade de toda a região.